A jovem Pip Tyler não sabe quem é. Sabe que o seu nome verdadeiro é Purity, que tem às costas um empréstimo de cento e trinta mil dólares contraído para poder tirar um curso, que vive numa casa ocupada com anarquistas de Oakland, e que a sua relação com a mãe - a única família que tem - é tempestuosa. Mas não faz a mínima ideia de quem é o pai, da razão que levou a mãe a viver isolada do mundo com um nome inventado, nem de como alguma vez irá ter uma vida normal.
Entram em cena os alemães. Um breve encontro com uma pacifista alemã leva Pip a um estágio na América do Sul, no Projecto Luz Solar, organização que trafica todos os segredos do mundo - incluindo, espera Pip, o segredo das suas origens pessoais. O PLS nasceu da ideia de Andreas Wolf, um provocador carismático que alcançou a fama no caos que se seguiu à queda do Muro de Berlim. Agora foragido na Bolívia, Andreas sente-se atraído por Pip por razões que ela não compreende, e a intensidade com que lhe corresponde arrasa as suas ideias convencionais sobre o certo e o errado.
Purity é uma fascinante história de idealismo juvenil, fidelidade extrema e assassínio. O autor de Correcções e Liberdade imaginou um mundo de personagens brilhantemente originais - californianos e alemães de leste, bons progenitores e maus progenitores, jornalistas e denunciantes - e segue-lhes as pistas entretecidas por paisagens tão contemporâneas como a omnipresente Internet, e tão antigas como a guerra entre os sexos.
Purity é o livro mais ousado e penetrante até hoje escrito por um dos mais importantes autores da actualidade.